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Mostrando postagens de abril, 2020

Visitante Alienígena (Epsilon/Alien Visitor, 1997)

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Nossa, que surpresa maravilhosa esse filme. NUNCA tinha ouvido falar dele, e fiquei agradecido por encontrá-lo. Trata-se de um filme de 1997, produção australiana/italiana, conforme o que eu pesquisei, e que conta uma história... que na verdade é a história de tudo. O filme usa como pano de fundo o alerta ambiental/ecológico em níveis cósmicos para tratar das relações humanas... ou seria justamente o contrário?! O contrário também é muito válido, já que o filme é bem didático ao mostrar como, a partir da consciência quanto às nossas relações interpessoais, nos relacionamos com o planeta. Ou ainda, nos leva a reflexões sobre como a compreensão a respeito do nosso local no mundo, algo que vai além da nossa posição geográfica, afeta nossas relações com nossos iguais, com nossos diferentes, com nosso planeta, e com o universo. A lei da vibração é o tema central do discurso aqui apresentado, que vai soar como sermão pra quem não tá devidamente "ligado". A direção é primor

Westworld - Onde Ninguém tem Alma (Westworld, 1973)

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Já me indicaram muitas vezes as série Westworld, mas como sou anti-hype, principalmente quando ele ainda é atual, nunca fui atrás. Mas sem querer cai em cima desse filme, sem nem saber existia um filme original no qual a série se baseia, e, ainda mais, com roteiro e direção do Michael Crichton, o cara que escrebveu os dois livros Jurassic Park. Aí vamos ao filme: um parque, futurista, apenas para os super ricos, que recria um ambiente que já deixou de existir há alguns séculos, altamente dependente da tecnologia - tecnologia que, basicamente, gere tudo dentro do local. De repente, as máquinas pifam, e os visitantes do lugar começam a ser vitimadas pelos "brinquedos" do parque. Familiar?! Claro, poderia ser o argumento de Jurassic park. E é. E é o de Westworld também (risos). Só que aqui no caso, não há dinossauros, obviamente. O parque aqui é dividio em, três ambientes, que recriam três cenário extintos (só não foram extintos na alma humana), que é o velho oeste, a Ing

A Mulher de Preto (A Woman in Black, 1989)

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A história da Mulher de Preto eu conheci através do filme de 2012, lançado para marcar o "retorno" dos estúdios Hammer. Tratava-se de mais uma adaptação do livro A Woman in Black, de Susan Hill, cantada por aí como uma "gothic novel" à moda clássica. Eu não li o livro, mas o filme com o Daniel Radcliff foi desastroso (apesar da fotografia e direção de arte, ambas maravilhosas). Mas retomo esse tema devido a descoberta (de minha parte) dessa adaptação anterior, lançada em 1989 por uma tal de ITV Granada, que, dizem, é bem mais fiel ao escrito original de Susan Hill. Admito que amei a adaptação, uma legítima história de fantasma, de baixo orçamento e muito respeito à moda clássica, lembrando, inclusive, obras da própria Hammer nos tempos áureos - e por que não dizer, os contos góticos de Edgar Alan Poe e à literatura gótica do século XIX, de um modo geral. A história já é conhecida: uma viúva solitária, moradora de uma cidade pequena de litoral, morre, e um advog

Trágica Obsessão (Obsession, 1976)

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Em Trágica Obsessão, Brian de Palma revisita Alfred Hitchcock mais uma vez, agora, prestando "homenagem" (sejamos delicados) a Um Corpo que Cai (Vertigo, 1958). Uma mudancinha aqui e outra li, pra não ficar igual né, mas o enredo permanece basicamente o mesmo. Aqui, um homem (Cliff Robertson), ricaço, perde esposa (Geneviève Bujold) e filha num resgate absurdo de tão mal planejado (as duas haviam sido sequestradas). No luto, ele viaja com o sócio (John Lithgow), cujo caráter só vamos ter certeza mais a frente, para a Itália, país onde ele conheceu a esposa, e na igreja onde ele conheceu a esposa, ele conhece um novo amor... uma jovem idêntica a sua falecida esposa. Assim como fez com sua primeira companheira, ele leva a garota embora para os Estados Unidos e vivem um relacionamento, e a medida que a obsessão dele por ela aumenta, uma obsessão dela pela esposa falecida começa a surgir. A partir daqui, o filme se desenrola como um romance tenso com muito suspense Justiça

Fear The Walking Dead (4ª temporada, 2018)

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Eu não sei o que andou acontecendo ali pela terceira temporada de FTWD. Sempre vi nos fóruns os fãs reclamando tudo de que os personagens faziam, e eu não sei se foi por motivos de audiência, porque não acompanho essas coisas, mas eis que os produtores de FTWD resolveram renovar a série inteira nessa quarta temporada. Deram um salto no tempo, limaram metade dos personagens principais, mudaram o tom da série, e até a "paleta de cores" rss deixando ela muito parecida com a série original, TWD. E sabe de uma coisa? Adorei a mudança. A FTWD sempre foi mais charmosa né, mais ensolarada, mais "latina", mais colorida que a série original, mas um mundo pós-apocaliptico não é colorido e esparançoso, convenhamos. Desconsiderando qualquer motivo externo à narrativa que tenha causado essa renovação completa da série, eu poderia até pensar que nada foi feito "nas coxas", e que foi tudo muito bem planejado. Aqui temos uma temporada de transição, em que o espíri

Os Maridos (Husbands, 1970)

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Muitas sensações esse filme provoca... aqui, temos um retrato real de como o bicho homem-branco-macho-hétero-'marido' se comporta íntima e socialmente. É um filme desagradável de se ver. Mas ele é ruim? Ainda não decidi.  Vi poucos filmes do John Cassavetes, e quero falar sobre todos os que vi aqui, porque gostei muito, e até por isso, julguei desde o princípio ser ele um cara muito sensível. Um roteirista que conheço usou a palavra "intensidade" para definí-lo certa vez. Daí, tal foi minha surpresa quando assisti esse Husbands, filme que é considerado entre os melhores da carreira do diretor. Agora não sei para o que os críticos estavam olhando quando fizeram este elogio. Porque isso é apenas um elogio. O filme conta a história de três caras, ali pelos seus quase 40 anos de idade (e entendo que 40 anos em 1970 era bem mais que hoje em dia, em termos de experiência), que acabaram de perder um amigo da turma, e o processo de luto que os três enfrentam nos dias s

Um Tiro na Noite (Blow Out, 1981)

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Confesso que andei olhando com antipatia pro Brian de Palma, logo que o conheci. Mas foi uma experiência injusta (pro Brian), já que o filme que me iniciou em sua obra foi o Vestida para Matar (Vestida para Matar, 1975), um filme em que ele copia tal e qual, do argumento à sequencia de cenas, o Psicose (Psycho, 1960), do Alfred Hitchcock. E eis que a maior característica sobre o Brian de Palma quando se pesquisa algo sobre ele na internet, é que ele é um diretor "hitchcokiano". Comecei a ver ele como mero imitador. Fui para Dublê de Corpo (Body Double, 1984), que achei uma cópia de Janela Indiscreta (Rear Window, 1954), também do Hitchcock, e logo em seguida, Irmãs Diabólicas (Sisters, 1973), que achei... sei lá, meio estranho e meio sei lá. O que eu não tinha prestado atenção à época é que, no caso do Dressed to Kill, é que o cara, o Brian de Palma, é muito bom! Ele não apenas dá uma atualizada necessária no Psicose, como o faz de forma fenomenal. A direção do cara c