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Mostrando postagens de janeiro, 2023

Alice Cooper - Pretties for You (1969): algumas lindezas pra nós.

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Em 1969, em meio ao bombardeio de novas bandas debutando e o hard rock setentista ascendendo e tomando lugar da moda musical psicodélica na cultura pop, foi lançado o Pretties for You, estreia do extravagante Alice Cooper group, banda liderada pelo também extravagante Alice Cooper, codinome do sensacional Vincent Furnier.  Pretties for You é um trabalho interessante, bem diferente e até distante musicalmente da estética que tornaria o Alice Cooper conhecido na década seguinte. Aqui, o hard rock criativo e estiloso que marcou o estrelato do grupo ainda estava em fase de desenvolvimento. A banda ainda procurava sua própria personalidade, então muitas das “lindezas” compiladas pra nós nesse álbum ainda são marcadas por muitos sons que faziam a cabeça da juventude até 1969.  É possível ouvir ecos sérios de Pink Floyd aqui, e de Country Joe & The Fish ali, Frank Zappa por toda parte, e além. Na verdade, a influência de Frank Zappa e do rock psicodélico de então parece o tempo todo quere

KISS - Love Gun (1977): ápice!

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Ontem eu me peguei ouvindo aquela trinca maravilhosa de albuns do Kiss lançado ali na metade da década de 1970: Destroyer, Rock n’ Roll Over e Love Gun. Parece ser uma unanimidade entre críticos e fãs que esses foram os discos que melhor capturaram a essência da banda naquele momento. O Kiss não começou como uma megabanda, apesar da imagem forte, e até chegar nesse momento, algo como o topo do mundo do rock n’ roll, houve muita batalha. Do seu primeiro álbum, de 1974, até Love Gun, sexto trabalho inédito da banda, lançado em 1977, houve um crescendo em qualidade, com a banda finalmente desenvolvendo um som puro e totalmente seu, espontâneo e contagiante, sem deixar peso e qualidade de lado. Esse “ápice profissional” foi justamente Love Gun, que fechou a trinca junto com os dois álbuns anteriores responsáveis por catapultar o Kiss para o estrelato. “Espontaneidade”, inclusive, é a palavra que melhor achei para definir o Love Gun, objeto desse texto. Produzido por Eddie Kramer, que traba

Rubber - O Pneu Assassino: "no reason, no reason..."

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Para primeiro view de 2023, fiz uma escolha que pensei que seria divertida, mas que saiu um pouco mais excêntrica do que o esperado. Rubber, o Pneu Assassino (??!?!?!) poderia ser um daqueles charmosos filmes trashs da década de 1990, e certamente seus realizadores acharam que ele ocuparia essa “prateleira”, visto que a estética e fotografia propositalmente remetem a isso. Mas há algo… sei lá, difícil de explicar. Rubber, um filme francês, na verdade, e tem uma história peculiar, para não dizer única, que aposta no nonsense tendo a comédia de terror como base. Apesar de termos cabeças explodindo aos montes, não podemos esperar aqui arcos criativos que bons filmes trash costumam ter. Tudo é meio sem lógica, e com o argumento (fraco) de que nos melhores filmes produzidos os enredos não tem razão de ser, Rubber, o pneu, se ergue, se desenvolve, se equilibra e guia esse festival de bizarrice de pouco mais de uma hora de duração. Não que o filme não tenha bons momentos. É delicioso ver Rubb