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Mostrando postagens de maio, 2022

A Autópsia (André Øvredal, 2016): o corpo fala.

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Esse filme foi uma das boas surpresas desses dias. Confesso que ainda não vi outros filmes do diretor André Øvredal, mas a julgar pelas interessantes sinopses de outros itens de sua filmografia, parece ser alguém cujo trabalho merece atenção. Esse A Autópsia foi justamente um desses casos em que fui atraído pela curiosa sinopse e suas inúmeras possibilidades, e não me decepcionei. A Autópsia conta a história de uma dupla de legistas, pai e filho, que recebem um corpo de uma mulher coletado em uma cena de crime aparentemente inexplicável. O corpo da mulher também é inexplicável. Não se relaciona com a cena do crime, e ao mesmo tempo não indica nenhuma causa mortis evidente. A dupla de legistas então inicia uma investigação para descobrir o que houve com aquela desconhecida. O que poderia descambar num body horror típico, segue, então, outro caminho, partindo para um interessante trabalho de investigação médica com muitas surpresas e reviravoltas, twists mais amplos do que somos capazes

Luzes de Phoenix (Justin Barber, 2017): um dos found footages legais.

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O gênero found footage nunca foi exatamente do meu agrado. Além de praticamente todos os filmes terminarem do mesmo jeito (com uma câmera caída no chão, porque enfim, né..), com o passar de muitas produções, fica parecendo uma solução muito fácil pras tramas mirabolantes que inventam mostrar fragmentos de algo e não haver necessidade de maiores explicações. Explicações em terror nem sempre são necessárias, mas também nem todo filme é um Bruxa de Blair né?! Pois bem, esse Luzes de Phoenix é mais um desses filmes, e carrega em si todos os artifícios típicos desse tipo de produção, mas consegue se manter interessante a maior parte do tempo - ainda que apele para saídas que considero óbvias demais no encerramento. A história aqui pega carona em um caso conhecido de aparição de OVNIs na cidade de Phoenix, em 1997. O avistamento de luzes nos céus em forma de V dos estados do Arizona e Nevada (EUA) foi amplamente documentado na época, e é até hoje um dos casos mais curiosos de “casuística uf

O Pássaro Sangrento (Micheli Soavi, 1987): slasher elegante como um giallo

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O filme Pássaro Sangrento é um slasher no mínimo diferente da maioria. Não só por ser italiano. Da mesma maneira, não se pode associá-lo ao giallo, sendo mais adequado, de fato, ligá-lo à “escola americana” de slashers. Pode se até considerá-lo uma boa mistura dos dois, já que repete as fórmulas do estilo americano mas é realizado com o apuro técnico característico, beirando o artístico, do giallo. Na história, um grupo de teatro numa intensa maratona de ensaios de uma peça que deverá estrear em breve tem seu trabalho sabotado por um serial killer que acabou de fugir de uma clínica psiquiátrica. O maníaco tinha acabado de ser recolhido, e logo cismou e fugiu em perseguição a uma das atrizes que, de passagem rápida pela clínica, cruzou seu olhar com o assassino tornando-se sua nova obsessão. A trama não é exatamente inovadora. O que garante um bom entretenimento aqui é a manha do diretor Michele Soavi para criar ambientes e atmosferas. Conduzidos por sua câmera que percorre todos os esp