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Mostrando postagens de maio, 2023

Medo em Cherry Falls (Geoffrey Wright, 2000): muito sensual, e melhor do que parece.

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Que coisa inusitada de se conceber: um slasher adolescente, amplamente amparado nas ondas propagadas por Pânico (1996), que não só ironiza a regra típica do gênero, como a subverte, ainda mais que sua principal inspiração. Que tipo de possibilidades teríamos numa trama slasher onde, ao contrário do que temos nos clássicos, os virgens são os alvos do assassino misterioso, e a única possibilidade de salvação parece ser reverter esse quadro o quanto antes? Uma imagem caótica se forma na minha mente quando paro  pra pensar nas possibilidades, e é exatamente isso que o hoje saudoso Medo em Cherry Falls nos entrega. Ainda lembro da época de seu lançamento e de quando a “fita” chegou nas locadoras, ali por volta de 2001. Medo em Cherry Falls era mais um filme lançado na onda de horror teen que tomou a virada dos anos 90 para os anos 2000, e se perdeu entre tantos nomes maiores (que se revelaram menores no teste do tempo) e sequencias mais esperadas. Nem aos cinemas chegou interinamente, send

Navio Fantasma (Steve Beck, 2002): Antonio Grazza mais atraente a cada ano.

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Quando Navio Fantasma foi lançado em 2002, lembro que fui assisti-lo no cinema e, por conta da faixa etária, não pude entrar. Acabei assistindo O Chamado, também em cartaz, e que considerei uma ótima surpresa naquele momento. Meses depois, logo que chegou às locadoras, aluguei o tal filme e confesso que fiquei meio decepcionado. Talvez não achei que a trama correspondeu às minhas expectativas, que eu também confesso não lembrar bem quais eram. Acabei de rever esse que hoje vou chamar de clássico, porque, putz, como envelheceu bem! Bom, não é que a trama guarde algo de vanguarda que não foi compreendido na época - Navio Fantasma, na verdade, repete uma fórmula batidíssima, já experimentada diversas vezes nos clássicos das décadas de 1950 e 1960. A produtora Dark Castle, responsável pelo filme, foi criada com o intuito de repetir essa vibe, com suas primeiras produções sendo, inclusive, remakes de “standards” como Casa dos Maus Espíritos, 13 Fantasmas e outros. Mas enfim… Na história, ac

Linda Ronstadt - Heart Like a Wheel (1974): "motivador".

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Essa semana, assistindo pela primeira vez o “ false oriented ” O Segredo do Abismo, do ~ profundo ~ James Cameron (profundo mesmo, Sol em conjunção com Plutão), me deparei com uma cena muito bonita. Um grupo de mergulhadores ou engenheiros, enfim, numa plataforma submarina, alguns na “ponte”, outros comandando máquinas no lado externo, há várias centenas de metros oceano profundo adentro (ou abaixo), cantarolando:  “Driven every kind of rig that's ever been made Driven the backroads so I wouldn't get weighed And if you give me weed, whites and wine And you show me a sign And I'll be willin' to be movin'” Uma cena que certamente carrega alguma beleza, sutil (certamente, me ~ motivou ~ a escrever algo pra esse blog depois de tantos meses), e que dá aquele “quentinho no coração”, principalmente se você é fã dessa que talvez seja a canção mais marcante do Lowell George, fundador da banda de southern, Little Feat. A música em questão, Willin’, é um destaque da banda orig