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Mostrando postagens de julho, 2021

Salem's Lot (Tobe Hopper, 1979) ou a hora do vampiro matador de reaças

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Depois de Eaten Alive, Tobe Hopper deu uma pisada no freio e topou um trampo mais "tradicional", por assim dizer. Ou melhor, convencional. Tratou-se de uma versão para TV do então recém lançado livro Salem's Lot, do, ainda àquela altura, promissor Stephen King. E lá vou eu falar das histórias do King de novo, sem ter lido nenhum livro dele rsss Assim fica muito difícil saber o que é o livro e o que é o filme, mas enfim. Vou tentar falar algo sobre. O trampo original seria um filme, mas acabou virando uma minissérie pra televisão de seis episódios. A história conta a a chegada de um vampirão das antigas em Jerusalem's Lot, no Maine (terra do King) (O Maine, e não Jerusalem's Lot), e as repercussões dessa "visita" entre os moradores da cidadezinha, em especial dois deles: um, escritor de histórias de terror, que veio de fora (mas nasceu no local), e uma criança local, muito madura pra idade e com uma atração estranha pelo terror, oculto, monstros e esquisi

Eaten Alive (Tobe Hopper, 1976): outra obra de arte - menor que o 'Massacre' mas igualmente insana

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Uau! Uau duas vezes! Como fiz bem em rever esse filme! O insano The Texas Chainsaw Massacre não foi suficiente pro Tobe Hopper descarregar toda a selvageria escondida dentro de sua mente perigosa. E mais uma vez o faz com tanto refinamento que chega a ser estranho. O velho Judd, dono do Starlight Hotel, ultrapassa em muito seus contemporâneos psicopatas, principalmente por se tratar, se for como tô pensando, de uma figura não muito difícil de se esbarrar por ai, mesmo sendo o recorte dessa trama muito específico em sua localização.  Em Eaten Alive, o que temos é a encenação teatral (e excepcional) de uma noite de insanidade, explorando uma mistura de histórias, lendas e personagens do "deep south" norte americano, fonte onde Tobe Hopper mais recorreu até então. Sem dúvida, uma casa deteriorada à margem de um pântano com jacarés, e uma névoa perturbadora formam um cenário muito comum entre as histórias que nos empurram "de lá para cá", seja por meio dos filmes, quadr

Lifeforce (Tobe Hopper, 1985): monstros clássicos perfumados com misticismo extraterrestre ou a vida como ela é.

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Boa surpresa, esse Lifeforce. To engatinhando na filmografia do Tobe Hopper como quem pisa em ovos. Ele fez coisas realmente insandecidas em seus primeiros trabalhos, mas desde Salem's Lot, a veia "televisiva" dele começa a se destacar. Em Lifeforce, ou Força Sinistra, filme que eu achei que fosse passar batido, temos mais um bom exemplo de uma história simples com desdobrar interessante, ficando a parte chocante para os efeitos visuais (e não os psicológicos, como em The Texas Chainsaw Massacre e Eaten Alive); um esforço realmente interessante quando pensamos que se trata de um filme da primeira metade da década de 1980. Na história, uma adaptação do livro Space Vampires (Colin Wilson, 1976), uma equipe de astronautas capta uma presença estranha nas proximidades do cometa Halley. Ao investigarem, descobrem três humanoides hibernando em meio a uma tripulação de aliens semelhantes a morcegos gigantes (!). Mas ok, após esse encontro inicial, a aventura começa com os extrate

The Texas Chainsaw Massacre (Tobe Hopper, 1974): muito insano.

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Talvez a coisa mais insana que já vi em termos de arte. Será que se pode chamar isso de arte? Um massacre? À moda slasher? Eu não sei, mas Tobe Hooper deu um salto qualitativo de seu primeiro filme, Eggshells (1969), como realizador, para o The Texas Chainsaw Massacre, lançado cinco anos depois. O Massacre transpira refinamento em suas nuances, e por mais que a insanidade em cena possa levar o espectador a picos de rejeição em determinados momentos, toda a obra parece ter sido construída para nos conduzir a um ápice insano. O filme narra a história de cinco amigos que vão visitar a antiga propriedade da família de dois deles, irmãos, mas não contavam que a tal propriedade, em ruínas, era vizinha de uma família de maníacos, deficientes mentais e assassinos, responsáveis pela profanação de túmulos e roubo de corpos (ou pelo menos partes deles) que estavam pondo curiosas e temerosas a população local naqueles dias.  Até aí o filme segue todo o rito dos filmes slashers.. ou melhor, do que