Rubber - O Pneu Assassino: "no reason, no reason..."
Rubber, um filme francês, na verdade, e tem uma história peculiar, para não dizer única, que aposta no nonsense tendo a comédia de terror como base. Apesar de termos cabeças explodindo aos montes, não podemos esperar aqui arcos criativos que bons filmes trash costumam ter. Tudo é meio sem lógica, e com o argumento (fraco) de que nos melhores filmes produzidos os enredos não tem razão de ser, Rubber, o pneu, se ergue, se desenvolve, se equilibra e guia esse festival de bizarrice de pouco mais de uma hora de duração.
Não que o filme não tenha bons momentos. É delicioso ver Rubber ganhando vida. Dando as primeiras … roladas? Ou rolando pela primeira vez (melhorou), e como todo serial killer que se preze, desenvolvendo a satisfação emocional em esmagar pequenos objetos: primeiro latas, depois pequenos animais… aquela garrafa de vidro foi um desafio, e explodir o primeiro coelho com a mente (??!?!?) foi de um êxtase insuperável. Dos coelhos para os seres humanos foi mera questão de tempo, bastava ele mirar numa primeira obsessão para a festa começar.
Se o roteiro ficasse nas desventuras do pneu assassino, o filme seria até razoável, mas há um lance autoexplicativo envolvendo uma plateia que assiste as aventuras do Rubber de longe, como se fosse um filme, e é preciso que a plateia morra (?!?!?!) para o filme acabar (?!?!), e os personagens retomarem suas vidas, etc. Enfim, nonsense demais até pra mim que costumo ver sentido em quase tudo.
O lance é que Rubber tem momentos bons, mas o nonsense exagerado, não sei nem dizer se pretensioso ou não, mas que somado à fotografia cool dos anos 90, figurino e locações (os desertos californianos), tornam esse numa pedida pra quem curte uma pegada mais indie, mas de antemão eu aviso: nada faz muito sentido, e a falta de sentido cansa.
TRAILER
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